A circulação na linha azul do Metropolitano de Lisboa foi restabelecida esta quinta-feira às 23h00, depois da derrocada que ocorreu na terça-feira no troço que atravessa a Praça de Espanha e que provocou quatro feridos ligeiros.
De acordo com um comunicado divulgado, “estão reunidas as condições técnicas e de segurança para a reposição da normal circulação” na linha azul “a partir das 23h00”.
A linha azul liga as estações da Reboleira, no concelho da Amadora, e de Santa Apolónia, no concelho de Lisboa.
A linha azul esteve interrompida entre as estações das Laranjeiras e do Marquês de Pombal. Estiveram encerradas as estações do Jardim Zoológico, Praça de Espanha, São Sebastião e Parque.
O acidente ocorreu pelas 14h30 de terça-feira e provocou ferimentos ligeiros em quatro pessoas. Na altura do acidente estavam cerca de 300 pessoas na composição.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), disse na quarta-feira que o acidente decorreu de um “erro grosseiro” associado a uma empreitada da autarquia.
“Este problema que aconteceu decorre de uma obra da Câmara Municipal de Lisboa totalmente alheia ao túnel do metro (…). Isto decorreu de um problema que é uma obra da câmara, onde ocorreu um erro grosseiro, em que ocorreu uma perfuração na vertical do túnel do metro que não devia ter acontecido”, vincou Fernando Medina.
Contudo, o autarca garantiu que os túneis do metropolitano “estão seguros e sem nenhum risco".
O autarca disse ainda que foi instaurado um inquérito para apurar “exatamente de quem é a responsabilidade do erro” ocorrido e para averiguar se terá sido um erro de conceção do projeto, da execução do projeto ou da fiscalização, ou até “uma combinação de fatores”.
Horas depois do acidente, na terça-feira, a Carris anunciou que iria reforçar as carreiras que fazem os percursos Marquês de Pombal – Sete Rios e Arco do Cego – Sete Rios – Pontinha, para tentar minimizar os constrangimentos provocados pelo acidente.