Ucrânia: Embaixadora ucraniana pede sanções especiais contra russos com nacionalidade portuguesa
02-03-2022 - 20:37
 • Lusa

Inna Ohnivets quer sanções para os que apoiem Putin.

A embaixadora ucraniana em Portugal pediu hoje ao Governo português a adoção de "sanções especiais" contra cidadãos russos com nacionalidade portuguesa, apontando como exemplo o caso do milionário Roman Abramovich, acionista maioritário do clube inglês Chelsea.

Esta posição foi defendida pela diplomata ucraniana Inna Ohnivets em declarações aos jornalistas, depois de ter sido recebida, em São Bento, pelo primeiro-ministro, António Costa, num encontro que durou cerca de uma hora e em que também esteve presente o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Segundo Inna Ohnivets, entre outros temas, "foi discutida a possibilidade de o Governo português introduzir sanções contra a Rússia, não só no âmbito da União Europeia, mas também de sanções especiais".

"Por exemplo, a situação do senhor Abramovich, que recebeu recentemente a nacionalidade portuguesa, mas que é um aliado estreito [do presidente russo] Vladimir Putin", declarou a embaixadora.

Justificando a razão desta medida, a diplomata ucraniana defendeu que este milionário russo, "no futuro, pode ajudar Putin na continuação da guerra da Rússia contra a Ucrânia, financiando a aquisição de armamento".

"Solicitámos, por isso, a possibilidade de o Governo português considerar a imposição de sanções adicionais contra cidadãos russos que usam a oportunidade de obter nacionalidade portuguesa e são aliados de Putin", afirmou.

A Federação Russa lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender e durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela maioria da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos da América, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar o regime de Moscovo.

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