Os bispos de Portugal e de Espanha pediram esta quarta-feira uma comunicação mais “transparente e oportuna” da Igreja na luta contra as fake news e a desinformação.
Para responder a esta realidade, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Nuno Brás defende “a necessidade de uma comunicação proativa na Igreja”.
“Reafirma-se a convicção de que só a antecipação informativa evita as fake news, porque quando não há comunicação verdadeira, transparente e oportuna, o espaço é ocupado por rumores”, explicou D. Nuno Brás, esta quarta-feira, em Viana do Castelo durante o encerramento do encontro das comissões episcopais para as comunicações sociais de Portugal e Espanha.
O mesmo apelo foi reiterado pelo presidente espanhol da Comissão Episcopal para as Comunicações Sociais, D. José Manuel Lorca Planes que pediu, sobretudo, “proximidade”.
“É fazer na comunicação o que somos chamados a fazer enquanto Igreja e aproximarmo-nos como comunicadores de uma maneira muito próxima”, sublinhou o bispo de Cartagena. “É abrir as portas par em par”, rematou.
E estando a Igreja “inserida de um mundo plural”, D. Nuno defendeu uma comunicação eclesial que privilegie a “escuta, o tempo, o diálogo e a análise. Para o bispo do Funchal trata-se de quatro dimensões essenciais no combate às fake news.
“Creio que é muito importante encontrarmos estes critérios. Daí, também, a importância dos próprios jornalistas, porque apenas eles garantem a verdade da informação e da comunicação”, concluiu.
O Encontro Ibérico das Comissões Episcopais para as Comunicações Sociais decorreu entre segunda e quarta-feira em Viana do Castelo sob o tema “Sinodalidade e Comunicação”.