O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, acredita que pode estar aberta uma janela de esperança para a paz no Médio Oriente.
O chefe da diplomacia portuguesa está a fazer, entre hoje e amanhã, um périplo diplomático com paragens em Israel, Palestina, Jordânia e Egito. E na última hora deixou o apelo para que o cessar-fogo humanitário para a libertação de reféns seja um primeiro passo para a paz na região.
“Estamos numa situação em que houve um nível absolutamente incomportável de vítimas civis, em Gaza, que é absolutamente fundamental que o cessar-fogo temporário humanitário que se vive desde há poucas horas, que deve ter continuidade, que deve ser uma pedra fundacional para a partir daí, começarmos a construir a paz”, defendeu em declarações à RTP.
A esta hora, o chefe da diplomacia portuguesa está reunido com o seu homólogo israelita. Gomes Cravinho vai sinalizar a solidariedade portuguesa perante a brutalidade do ataque de 7 de outubro e, ao mesmo tempo, apelar ao respeito pelas populações civis.
Israel e o Hamas chegaram a um acordo para um cessar-fogo de quatro dias, que permitirá a libertação de 50 reféns que as milícias islamitas mantêm dentro da Faixa de Gaza, em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinianos. Em ambos os casos, são mulheres e menores.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, garantiu esta quinta-feira que a trégua em Gaza "será breve" e que, assim que terminar, os combates dentro do enclave serão retomados "com intensidade" durante pelo menos mais dois meses.