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O primeiro-ministro apela a um entendimento entre Antram e sindicatos dos motoristas. António Costa avisa que a violação de uma eventual requisição civil durante a greve é um crime de desobediência.
Em declarações aos jornalistas, António Costa espera que as duas partes em conflito tenham a noção do “prejuízo brutal” que estão a causar ao país.
“Porque estamos a falar de um conflito entre privados, é fundamental que as partes cheguem a um acordo. Não chegando a um acordo, tenham a noção do prejuízo brutal que estão a criar ao país e à vida dos portugueses. Têm o dever estrito de, já que fazem o país pagar este preço imenso por este conflito, de assegurar o mínimo que lhes compete assegurar, que são os serviços mínimos”, afirmou o primeiro-ministro.
Se os serviços mínimos da greve, que começa esta segunda-feira, não forem cumpridos o Governo vai avançar para a requisição civil dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias.
António Costa avisa que a violação de uma eventual requisição civil durante a greve é um crime de desobediência.
“A violação de uma eventual declaração de requisição civil não pode passar incólume. A ideia que eu ouço muitas vezes as pessoas dizerem: ‘a requisição civil é decretada, mas isso não tem consequências…’ Tem. A violação da requisição civil constitui um crime de desobediência e foram dadas instruções às forças de segurança para praticarem os atos necessários para, nessa eventualidade, haja efetivamente consequências”, alerta o primeiro-ministro.
António Costa diz que essa é uma “situação extrema”, que é preciso evitar, porque uma escalada de tensão durante a paralisação “só iria agravar problema”.