Foram acreditados para o próximo ano letivo 325 novos ciclos de estudo, dos quais cerca de 30 são novos cursos propostos ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Do total de cursos aprovados, 290 são de ensino presencial e 35 de ensino à distância, sendo as áreas da saúde, gestão e informática são as que vão ter mais novos cursos. A maioria dos novos ciclos aprovados correspondem ao grau de mestrado.
Em declarações à Renascença, o presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior assume que a maior aposta nestas áreas pode estar relacionada com as necessidades do país.
João Guerreiro adianta que, por exemplo, no caso da saúde a maioria dos novos ciclos vão ser abertos no curso de enfermagem. "A área da saúde é uma delas, mas é sobretudo por causa do ajustamento que foi feito relativamente aos mestrados para a inserção profissional dos enfermeiros através dos mestrados respetivos”, explica.
Refere ainda que “a educação não é sector que se tenha evidenciado”, existindo “cerca de 20 ciclos de estudo, mas 16 são mestrados, normalmente para a formação de novos professores".
Ainda de acordo com João Guerreiro, o número de novos ciclos de estudo a concurso e aprovados não tem variado de ano para ano o que “dá a ideia de que o ensino superior está estabilizado”, mas não está”.
O presidente da A3ES diz que o ensino superior está em constante desenvolvimento com “um dinamismo próprio, sobretudo, nos mestrados”.
“Dos cerca de 200 acreditados, 130 são mestrados e é neste grau, dos mestres, que há um dinamismo grande nas instituições de ensino superior", reforça.
Para a aprovação dos novos ciclos de estudo há vários fatores a ter em conta, entre os quais o corpo docente, financiamento –que na maioria dos casos fica a cargo das instituições – e a saída profissional, um dos critérios fundamentais na avaliação.
Dos cursos já aprovados, uma parte foi apresentada ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência.