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Foi encontrada esta semana, em Nova Iorque e em algumas regiões do nordeste norte-americano, uma nova variante do SARS-CoV-2, vírus responsável pela Covid-19.
A notícia é avançada nesta quinta-feira pela CNN, segundo a qual a descoberta está a preocupar as duas equipas de investigadores que deram pela B.1.526, o nome atribuído à nova variante.
A designação deve-se ao facto de uma das mutações identificadas ser a igual a uma também encontrada na variante da África do Sul (conhecida como B.1.351). Essa mutação chama-se E484K e é a que dá ao vírus a capacidade contornar parte da resposta imunitária do corpo, bem como dos tratamentos autorizados com anticorpos monoclonais e das vacinas.
Esta mutação está a surgir em vários casos diferentes de infeção, associada ou não à variante B.1.526. É que a E484K está a ser identificada em, pelo menos, 59 linhagens diferentes de coronavírus, o que significa que está evoluindo de forma independente em todo o país e em todo o mundo, num fenómeno conhecido como evolução convergente – o que pode dar uma vantagem ao vírus.
"Observamos um aumento constante na taxa de deteção [desta mutação] desde o final de dezembro até meados de fevereiro, com um aumento alarmante de 12,7% nas últimas duas semanas", escreve uma equipa do Centro Médico da Universidade de Columbia num relatório ainda não publicado (a versão pré-impressão deverá ser divulgada nesta semana).
No mesmo documento, já entregue à CNN, afirma-se que a “nova variante está a crescer de forma alarmante entre a população de pacientes nas últimas semanas”.
Na opinião do diretor do Centro de Investigação para a SIDA Aaron Diamond, também na Columbia, esta variante terá sido “feita em casa, presumivelmente em Nova Iorque”.
A variante agora identificada é a última de um número crescente de variantes virais que surgiram nos Estados Unidos, o país com mais casos de Covid-19 (28 milhões) do mundo e onde a disseminação ainda é intensa.