"Frederico Varandas acionou o seu seguro de vida". Esta é a conclusão de Hélder Amaral, a propósito da renovação de Rúben Amorim pelo Sporting até 2026.
Em entrevista a Bola Branca, o ex-conselheiro leonino fala de uma "mera assinatura que, tantas vezes, serve para apagar um fogo e está na antecâmera de um despedimento".
Todavia, Hélder Amaral mostra-se ainda mais corrosivo quando justifica o "timing" da nova assinatura do treinador, de 37 anos.
"Não havia justificação, a não ser o reconhecimento de uma dificuldade. O presidente do Sporting acionou a apólice, o seguro de vida", atira, lembrando que o "contrato é para o mandato e trata-se de, mais uma vez, apostar na sorte".
Amorim "sente-se rei e dono" do clube
Por outro lado, o antigo deputado aponta o dedo igualmente a Rúben Amorim.
"Não existe comunicação da direção, mas sim de um funcionário relevante, que é Rúben Amorim. É ele que tem dito o que se deve e pode fazer. Acredito que Rúben Amorim, nas circunstâncias em que se sente rei, dono e senhor do clube, também não lhe foi difícil aceitar mais um ano de contrato. Por isso, não mudou nada", defende, a finalizar.
Rúben Amorim chegou ao Sporting em março de 2020, proveniente do Braga, por dez milhões de euros. Na época seguinte, conduziu os leões ao primeiro título de campeão nacional em 19 anos. Na temporada passada, terminou o campeonato em segundo lugar. Esta época tem sido a pior desde que chegou a Alvalade.
À 13.ª jornada, o Sporting está no quarto lugar do campeonato, a 12 pontos do líder, o Benfica. Além disso, foi afastado à primeira da Taça de Portugal pelo Varzim, da Liga 3, e caiu da fase de grupos da Liga dos Campeões para a Liga Europa.