“A situação na Ucrânia é muito preocupante, tal como nos países vizinhos”, afirma Shannon Pfohman. A diretora de advocacy na Cáritas Europa diz-se, por isso, “muito satisfeita” com a decisão da União Europeia ativar a Diretiva de Proteção Temporária.
“Vai garantir a quem foge da guerra acesso imediato ao mercado de trabalho, habitação, educação para os jovens. Isto é mesmo importante, e mostra que quando há vontade política as soluções podem ser rapidamente encontradas, para responder à vaga de refugiados”, sublinha.
A situação na Ucrânia tem mobilizado a rede Cáritas a nível europeu e mundial, assegurando ajuda material e de proximidade.
“A Cáritas é uma organização humanitária, temos membros por toda a Europa, assim como a Cáritas Internacionalis. Estamos comprometidos em garantir apoio humanitário, no terreno e em diferentes países”, explica à Renascença e à agência Ecclesia esta responsável, que considera fundamental manter a ajuda a quem está no terreno.
“A Cáritas Ucrânia continua no país a apoiar os mais vulneráveis que lá permanecem, seja com alimentos, seja com água, as necessidades mais básicas”. Mas é preciso ir atuando a outros níveis. “Uma das coisas que estamos a tentar fazer é reforçar a coordenação entre os diferentes estados membros, para que as pessoas que cheguem tenham acesso à proteção que precisam”.
Shannon Pfohman esteve esta quinta-feira na paróquia de S. Julião da Barra, em Oeiras, a apresentar o relatório sobre a Pobreza 2021, que a instituição católica elaborou, e que incide sobre as dificuldades no acesso ao mercado de trabalho em 18 países europeus, incluindo Portugal.