O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou hoje António Guterres pela recondução para um segundo mandato como secretário-geral das Nações Unidas e elogiou o seu empenho no multilateralismo.
Numa intervenção perante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, após António Guterres ter sido reconduzido e prestado juramento para um segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o antigo primeiro-ministro português "provou ser a pessoa certa, na altura certa" para liderar a ONU.
"A confiança que hoje, uma vez mais, depositaram nele é uma prova sólida", afirmou o chefe de Estado, num discurso feito em inglês, em que fez questão, contudo, de saudar António Guterres em português, com "calorosas felicitações", pela sua nomeação para mais cinco anos à frente da ONU, do início de 2022 até ao fim 2026.
Neste discurso transmitido em direto pelas Nações Unidas através da Internet, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou "o empenho destemido" de António Guterres "num multilateralismo eficaz e eficiente" e considerou que este atributo "é complementado por algo talvez mais raro e mais precioso: ele é um multilateralista compassivo".
"Para ele, colocar as pessoas no centro da sua ação não é apenas uma escolha, é um imperativo. Ele continua a tradição dos seus ilustres antecessores que encarnaram o espírito da Carta [das Nações Unidas]: conduzir as Nações Unidas ao serviço de "nós, os povos"", declarou o Presidente da República, referindo que conhece António Guterres "há 55 anos".
Sobre a atuação de Guterres como secretário-geral da ONU desde o início de 2017, Marcelo Rebelo de Sousa destacou as "reformas nas áreas do desenvolvimento sustentável, paz e segurança e gestão", e disse que "a representação das mulheres avançou", que "os direitos humanos foram mais incorporados na ação da organização", que "a voz da juventude foi fortalecida" e que "o secretário-geral tem sido uma voz de liderança na ação climática".
Segundo o Presidente da República, "Portugal decidiu submeter o seu nome para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas", uma segunda vez, por ter "a forte convicção de que António Guterres é particularmente adequado para o cargo e tem estado à altura das expectativas".
"Acreditamos que a visão de António Guterres, a sua persistência, a sua audácia, a sua justiça e o seu espírito solidário serão também fundamentais nos próximos cinco anos. Portugal está grato a todas as Nações aqui unidas, hoje, por reafirmarem a sua confiança no candidato que apresentámos", acrescentou.