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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, quer ver banidas as máquinas que têm poder para matar pessoas. Foi uma das ideias deixadas no discurso que fez na sessão de abertura da Web Summit.
“Máquinas que têm o poder e a capacidade de escolher para matar pessoas são politicamente inaceitáveis, moralmente repugnantes e devem ser banidas pelas leis internacionais”, disse firmemente, seguido de um forte aplauso por parte dos milhares de pessoas que encheram as bancadas do Altice Arena, em Lisboa.
Guterres reconhece os benefícios que o desenvolvimento da tecnologia trouxe à sociedade e deixou claro que não foi a internet “que criou o populismo e a polarização do mundo”, mas, acrescenta, “está a ampliar esses movimentos”.
O secretário-geral das Nações Unidas, que foi recebido – a pedido de Paddy Cosgrave – por um manto de luz produzido pelas luzes dos telemóveis, mostrou-se ainda preocupado com o “impacto social que a quarta revolução industrial vai ter”.
“Vamos ver muitos trabalhos criados e muitos trabalhos antigos destruídos. É difícil saber qual será mais afetado. Mas esses trabalhos vão ser diferentes. E vamos enfrentar desemprego em larga escala, vamos enfrentar conflitos nas sociedades, com impacto na coesão dessas sociedades”, preconizou António Guterres.
“Não estamos preparados para isso e não nos estamos a preparar suficientemente rápido para isso”, afirmou o antigo primeiro-ministro português.