O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, admite que ainda há um longo caminho a percorrer para pôr fim à precariedade no emprego jovem.
Tiago Brandão Rodrigues foi ouvido esta terça-feira, no Parlamento, no âmbito da comissão de cultura, comunicação, juventude e desporto. A precariedade dos jovens trabalhadores e a violência no desporto foram dois dos temas mais presentes neste encontro.
Questionado acerca do alargamento do período experimental para 180 dias, quando aplicado ao primeiro emprego, classificado pelo deputado Luís Monteiro, do Bloco de Esquerda, como penalizador para os jovens trabalhadores, o ministro da Educação aponta um aumento da criação de emprego permanente, mas confessa que há um longo caminho a percorrer para pôr fim à precariedade entre os mais jovens.
“Dos mais de 43% do crescimento do emprego jovem em 2017 deveu-se à criação de emprego permanente com contratos de trabalho sem termo. Temos que continuar. Ainda são poucos, ainda precisamos de mais”, declarou.
O esforço terá que ser realizado pelo Estado, mas também pelo sector privado “para que a precariedade possa diminuir”.
Quanto à violência no desporto, Tiago Brandão Rodrigues garante que a proposta de revisão de lei passa, também, pelo reforço da prevenção e pela criação de uma Autoridade para o Combate da Violência no Desporto.
O ministro destacou ainda a importância dos programas de mobilidade entres os mais jovens e garante que projectos como o Erasmus+ são mais benéficos para a Europa que muitas intervenções financeiras.
O Ministro da Educação reúne-se quarta-feira com os sindicatos dos professores, para dar continuidade à negociação da contagem do tempo de serviço.