Durante a noite, os bispos e cardeais com direito a voto no sínodo puderam estudar a proposta de relatório final que será votada sábado à tarde.
Este relatório, que tentou integrar as cerca de 800 sugestões que resultaram destas três semanas de trabalhos de grupo, foi redigido por uma comissão que dantes era eleita por todos mas que agora foi nomeada pelo próprio Papa – decisão, aliás, criticada por alguns padres sinodais.
Quem discordar do que está escrito, poderá apresentar esta sexta-feira eventuais alterações. E, tendo em conta as tensões e divergências reconhecidas por alguns cardeais e bispos, é provável que alguns temas não sejam consensuais. Como já disse o cardeal Gracias, de Bombaim, membro da comissão de redacção: “as perguntas são claras; as respostas talvez não”.
Três semanas depois de se reunirem todos os dias, alguns bispos revelam um amargo de boca pela falta de tempo para tratar assuntos importantes para as famílias tais como: procriação e abertura à vida, pobreza, habitação e trabalho, imigração, papel dos pais e educação, atenção aos mais frágeis e doentes, o abandono dos idosos, a violência doméstica, os sem-abrigo ou as legislações sobre a família.
São preocupações que esperam ver referidas no documento final. Sábado à tarde, depois de votado, o texto será entregue ao Papa. Francisco fará dele o que quiser. Para já não se sabe o quê.