A presidente da Comissão Europeia alertou que a Europa nunca aceitará que a Rússia ameace a segurança do continente, num discurso, perante o Parlamento do Canadá, para reforçar o apoio à Ucrânia.
"Jamais aceitaremos que uma potência militar com sonhos imperiais envie tanques para além de uma fronteira internacional", garantiu, na quarta-feira, Ursula von der Leyen, em Otava.
"[A UE] jamais aceitará esta ameaça à segurança europeia e aos próprios fundamentos da nossa comunidade internacional", acrescentou.
"Nunca aceitaremos que [o Presidente russo, Vladimir] Putin negue a própria existência de Ucrânia, como Estado e como nação", sublinhou a presidente da Comissão Europeia.
Von der Leyen pediu "apoio militar e económico inabalável" para a Ucrânia e exigiu que a Rússia "pague pelo crime de agressão", depois de ter proposto, em novembro, o estabelecimento de um tribunal especial para julgar os crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
A dirigente alemã comparou a invasão russa da Ucrânia e as ambições territoriais do Presidente russo com a Alemanha nazi e a Segunda Guerra Mundial.
"Foi o nazismo e o fascismo alemães que trouxeram morte e destruição à Europa e ao mundo. Mas as forças aliadas devolveram-nos a nossa liberdade. As democracias unidas libertaram-nos da ditadura", disse a presidente da Comissão Europeia.
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a dirigente saudou também as mulheres ucranianas, que eram proibidas de combater antes da guerra, mas "não se importaram e começaram a juntar-se ao exército ainda assim”.
As mulheres ucranianas estão "a contra-atacar", declarou.
Horas antes, o Canadá e a UE tinham chegado a acordo para o envio de sete geradores de fabrico canadiano para a Ucrânia, de forma a fortalecer a infraestrutura elétrica do país.
Depois da visita ao Canadá, a responsável deve seguir para os Estados Unidos, onde será recebida na sexta-feira pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.