A primeira sessão do julgamento relativo ao despedimento coletivo efetuado em agosto de 2018 pela Efacec terminou esta sexta-feira com acordo entre a empresa e alguns dos 16 trabalhadores, enquanto outros continuam a reclamar a reintegração, avançou fonte sindical.
Contudo, houve um grupo de funcionários que não aceitou as condições propostas pela Efacec, continuando a reclamar a reintegração na empresa, pelo que ficou marcada para 13 de outubro uma nova sessão do julgamento.
O julgamento, em que 16 dos 21 trabalhadores abrangidos por um despedimento coletivo efetuado pela Efacec em agosto de 2018 contestavam a decisão, arrancou esta sexta-feira no Juízo do Trabalho de Matosinhos, tendo começado às 09h30 e terminado pelas 18h00.
Sustentando que o processo abrangeu trabalhadores "com dezenas de anos de antiguidade, numa altura em que a administração da empresa dizia que estava a crescer", o Site-Norte considera que se tratou de um "despedimento apoiado em motivos falsos, inexistentes, fúteis, desprovidos de qualquer nexo causal, e que, de certa forma, tem na sua génese motivações políticas".
"Por isso, os trabalhadores recorreram ao tribunal, no sentido de verem repostos os seus direitos, pedindo que condene a Efacec a reintegrá-los na empresa, no seu posto de trabalho", refere.
Relembrando que "a Efacec foi nacionalizada e pertence, neste momento, ao setor empresarial do Estado", o Site-Norte considera "vergonhoso que o Estado e, nomeadamente, o Governo PS não ponha cobro a este despedimento coletivo".
"Na altura crucial que a Efacec atravessa, é absolutamente fundamental que conte com a experiência e "know-how" dos seus quadros intermédios, que estão disponíveis para prestar o seu trabalho e ajudar na recuperação desta empresa histórica e estratégica para o país", argumenta. .
O Governo pretende que o processo de reprivatização dos 71,73% do capital social da Efacec atualmente as mãos do Estado esteja concluído antes do final do ano.