O Presidente eleito do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, promete “fazer melhor” e com “mais competência”, ao mesmo tempo que espera que os seus ministros façam "política".
“Não tenhamos vergonha de política e não tenhamos vergonha de dizer que queremos ministros políticos também. Queremos políticos eficientes e que tenham competência política para montar um bom Governo”, afirmou Lula, esta quinta-feira, no momento em que anunciou o nome de 16 elementos da sua equipa
“Que cada pessoa tente montar o Governo colocando gente diversa, das outras forças políticas que nos ajudaram a combater o fascismo, porque somente assim, vamos contemplar o espetro de gente que participou dessa comissão de transição”, apelou.
No discurso, já depois de ter anunciado o nome de parte dos seus ministros, no Centro Cultural Banco do Brasil, o Presidente eleito reconheceu que a sua “eleição que foi das mais difíceis da história” do país.
“Lembram-se o quanto era difícil ser oposição e o quanto era difícil usar uma camisa vermelha, ou colocar um autocolante do Lula no carro e o povo brasileiro teve coragem”, por isso, prosseguiu, “temos de fazer mais, com mais competência e fazer melhor. Fizemos uma vez, aprendemos, sabemos os caminhos e vamos vencer as dificuldades”.
Lula alertou ainda para a necessidade de se ter “consciência que vencemos o Bolsonaro, mas o bolsonarismo está nas ruas deste país, raivosa e sem querer reconhecer a derrota que tiveram”.
Por isso, sublinhou, “vamos ter que derrotar o bolsonarismo nas ruas deste país, para que este volte a ser democrático, a sonhar e a ser feliz”.
Sempre muito aplaudido, Lula da Silva traçou o seu compromisso: “Que este país volte a sorrir, a ter tranquilidade, que as famílias possam encontrar-se outra vez para comer o famoso churrasquinho que faz tanta falta na casa das pessoas, para que as famílias se voltem a unir. Temos que recuperar a fraternidade, a solidariedade e a compreensão e os amor que perdemos com o fascismo”.
“Não é o Lula que está precisando de vocês, é o povo brasileiro, é a cultura, é a edução, é o trabalhador, é a ciência e tecnologia, é a mulher que é violentada, é o adolescente que está a morrer nas periferias, os pobres e os negros que morrem por causa do preconceito racial e, daqui em diante todos, sem distinção, temos um compromisso com o povo brasileiro que devemos saber honrar”, rematou.
Os (primeiros 16) ministros do Governo de Lula
O Governo do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, já se sabe, será maior que o atual, com 37 ministérios, contra os 23 do chefe de Estado cessante, Jair Bolsonaro.
Esta quinta-feira, Lula disse em jeito de brincadeira que “é mais difícil montar um Governo que ganhar eleições”, remetendo para a próxima semana, possivelmente na “terça-feira”, o anúncio dos restantes membros que vão compor o seu Governo.
Os primeiros 16 novos ministros já são conhecidos.
- Alexandre Padilha (Relações Institucionais);
- Márcio Macedo (Secretaria-Geral);
- Jorge Messias (Advocacia-Geral da União);
- Nísia Trindade (Saúde);
- Camilo Santana (Educação);
- Esther Dweck (Gestão);
- Márcio França (Portos e Aeroportos);
- Luciana Santos (Ciência e Tecnologia);
- Cida Gonçalves (Mulheres);
- Wellington Dias (Desenvolvimento Social);
- Margareth Menezes (Cultura) – já havia sido anunciada;
- Luiz Marinho (Trabalho);
- Anielle Franco (Igualdade Racial);
- Silvio Almeida (Direitos Humanos);
- Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio);
- Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União)