A Escola de Medicina da Universidade do Minho, em colaboração com o seu Centro de Medicina Digital P5, desenvolveu e disponibiliza uma plataforma gratuita que permite fazer uma autoavaliação da saúde mental.
Trata-se, segundo a academia, de uma ferramenta de autoavaliação e automonitorização da saúde mental, mas também de gestão emocional, desenhada e desenvolvida por uma equipa liderada por Pedro Morgado, investigador e docente da Escola de Medicina.
A “webapp” é uma plataforma gratuita que ajuda a identificar situações que possam beneficiar de encaminhamento para os cuidados de saúde ou aconselhar a marcação de uma consulta. Uma abordagem que, segundo a universidade, está em linha com as boas práticas internacionais no domínio da saúde mental.
O investigador Pedro Morgado explica que “esta ferramenta permite que cada pessoa possa avaliar e monitorizar os seus sintomas ansiosos e depressivos, recebendo informação acerca do seu estado”.
“Cada pessoa tem também acesso a ferramentas de gestão emocional, melhoria do sono e adoção de estilos de vida saudáveis”, acrescenta Pedro Morgado.
A informação acerca das estratégias propostas foi selecionada por uma equipa de psiquiatras, psicólogos e investigadores da área das neurociências de acordo com a melhor evidência científica.
O projeto da Universidade do Minho pretende “aumentar a literacia em saúde mental, em simultâneo com a automonitorização de sintomas e a capacitação da população na autogestão da saúde mental”. Em simultâneo, quer promover a consciencialização para a “necessidade de recurso aos serviços de saúde e a profissionais qualificados, sempre que se verifiquem situações de maior gravidade dos sintomas reportados”.
De acordo com a Universidade do Minho, esta ferramenta, única em Portugal, foi construída pela Escola de Medicina e pelo seu centro de investigação, ICVS, em parceria com o P5. No futuro, está prevista a integração de módulos do projeto Eutimia e da Sociedade Portuguesa de Estudos e Intervenção no Luto, parceiros da iniciativa.