O Presidente da República reúne-se na próxima quinta-feira, no Palácio de Belém, com as associações profissionais de militares.
A reunião, convocada por Marcelo Rebelo de Sousa, acontece depois da manifestação do último sábado, onde as associações se insurgiram contra a “ilegalidade, desconsideração e falta de reconhecimento dos militares”, por parte do Governo.
"Não nos foi dada mais nenhuma informação sobre a agenda que o Presidente da República tem para esta reunião, de qualquer forma não seria cordial por parte da nossa associação dizermos o que pretendemos do encontro”, para o qual “vamos de espírito aberto e de boa-fé, para ouvir o que o senhor Presidente tem para nos dizer”, refere Paulo Amaral, da Associação de Praças, à Renascença.
Também em declarações à Renascença, Lima Coelho, da Associação Nacional de Sargentos, lembra as principais preocupações dos militares que representa.
"Para nós, obviamente, que as dificuldades com que se confrontam as forças armadas, nomeadamente, a escandalosa e gritante escassez de efetivos militares, particularmente nas categorias mais baixas da instituição, sargentos e praças, são preocupações”, quer para as associações, quer para “os cidadãos em geral”, sublinha.
Para as associações profissionais, a alteração do Regulamento de Avaliação do Mérito dos Militares das Forças Armadas continua a causar prejuízos aos militares.
Trata-se de um regulamento que provoca, alegam, “inúmeras ultrapassagens nas promoções, permitindo a subida de categoria a militares mais novos”.