Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa estão em greve desde a meia-noite, contra o congelamento de salários e para reivindicar progressões na carreira, num protesto que se prolongará por 24 horas.
Segundo a empresa, por causa desta greve "para a generalidade dos trabalhadores", o Metropolitano de Lisboa só deverá reabrir às 6h30 de sexta-feira.
"Caso sejam decretados os serviços mínimos com circulação de comboios", a empresa "avaliará se terá condições operacionais" para reabrir o serviço entre a meia-noite e a 1h00 de sexta-feira, informou o Metropolitano de Lisboa, num comunicado.
Esta é a segunda greve no Metropolitano de Lisboa esta semana, depois de na terça-feira ter havido uma paralisação parcial entre as 5h00 e as 9h30, com a circulação de comboios a começar cerca das 10h00.
Em 26 e 28 de outubro, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa já tinham feito greves parciais semelhantes à de terça-feira, com as estações a manterem-se fechadas até depois das 10h00.
Segundo a empresa, nestas greves parciais, a adesão global ao protesto situou-se entre os 42,62% e os 46,26%, enquanto a federação de sindicatos que representa os trabalhadores (FECTRANS, Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações) afirmou que a adesão foi "elevada", sem adiantar números.
Os trabalhadores já fizeram greves parciais em maio e junho, tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.
Na origem das paralisações está o protesto contra o congelamento salarial e a luta pela aplicação de todos os compromissos assumidos pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em que se inclui a prorrogação do Acordo de Empresa, pelo preenchimento imediato do quadro operacional e pelas progressões na carreira.
Na semana passada, a transportadora referiu em comunicado que se encontra "recetiva à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objeto de negociação".