Ir de Belém ao Parque das Nações de táxi fluvial ou mesmo chamar um uber para chegar a Almada - é o que propõe Teresa Leal Coelho, vereadora do PSD em Lisboa, que esta semana vai reunir com a presidente da câmara de Almada - a socialista Inês Medeiros - para discutir o transporte fluvial, um tipo de transporte que, para Leal Coelho, também podia ajudar a descongestionar o aeroporto Humberto Delgado, usando o aeródromo de Tancos e barco a ligar Santarém e Lisboa.
Teresa Leal Coelho, que ficou em terceiro lugar nas ultimas autárquicas, diz que o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, já acolheu muito bem a sua proposta de transporte publico individual no rio, mas quer estender a proposta a outros concelhos.
“Pode chamar-lhe taxi ou uber. Esses transportes individuais têm a vantagem de, a qualquer hora, a qualquer momento, podermos fugir ao transito chamando um transporte fluvial individual. E tem outra vantagem que é promover economia na cidade de Lisboa”, defende a vereadora que defende uma primeira fase de implementação ao longo da margem de Lisboa, mas depois a extensão aos concelhos limítrofes.
A deputada ex-vice-presidente do PSD não se fica por aqui. Também propõe uma solução para o congestionamento do aeroporto de Lisboa que passa por usar a base de Tancos e depois vir de barco até à capital.
“O governo devia estar neste momento a estudar a solução Porto + Tancos. Teria uma solução imediata”, defende leal Coelho, lembrando que a solução Montijo demora três a quatro anos.
“Usar o aeródromo de Tancos permitiria a custos baixos uma solução intermédia ou complementar, que podia ficar para sempre e podia ser uma forma de desenvolver o território. E poida depois ‘casar com o meu projeto dos transportes fluviais. Podia desenvolver-se uma carreira de Santarém para Lisboa”, defende Teresa Leal Coelho
Em entrevista à Renascença, a vereadora avança que a Carris, que foi entregue à gestão municipal, está em situação ilegal. Há 110 milhões de euros em falta - que têm de ser disponibilizados pelo governo ou pela camara - o que a faz dizer que a situação é dramática.
“O código das sociedades comerciais obriga a que o capital próprio da empresa seja pelo menos metade do capital social e neste momento há um iato de 110 milhões de euros. Está neste momento numa situação de ilegalidade”, explica.
Quanto a outro caso que envolve a autarquia e dirigentes locais do PSD - a investigação tutti fruti, Teresa leal Coelho diz que o PSD tem de estar “acima de qualquer suspeita” e lembra que quando liderou a lista do PSD nas autárquicas do ano passado rompeu com a concelhia do partido.
Já quanto ao PSD, Leal Coelho - que foi vice de Passos coelho - faz uma avaliação positiva da liderança de Rui Rio e apela à união tendo em conta as próximas eleições.