O porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, informou esta sexta-feira que os militares vão ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza a partir de hoje, em paralelo com o bombardeamento do enclave.
"Como continuação da atividade ofensiva que realizamos nos últimos dias, as forças terrestres vão expandir a sua atividade esta tarde", disse o porta-voz.
Em resposta, o Hamas apelou, através de um comunicado, a uma "ação imediata", a nível internacional, para acabar com os ataques israelitas em Gaza.
"Pedimos aos países árabes e muçulmanos e à comunidade internacional que assumam as suas responsabilidades e ajam imediatamente para pôr fim aos crimes e massacres contra o nosso povo", afirmou o movimento islâmico palestiniano em comunicado.
O Exército israelita realizou intensos bombardeamentos, sem precedentes desde o início da guerra, no norte da Faixa de Gaza, particularmente na cidade de Gaza, com o grupo islamita Hamas a anunciar que as comunicações e a Internet foram cortadas na Faixa de Gaza, após o início dos ataques israelitas que começaram há poucas horas.
O Exército israelita já admitiu a intensificação dos seus ataques "de forma muito significativa" contra o Hamas.
"Continuaremos a atacar a cidade de Gaza e os seus arredores", informou o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, numa declaração televisiva.
Os bombardeamentos por ar, mar e terra são, de acordo com o Governo do Hamas, "os mais violentos desde o início da guerra", em 07 de outubro, obrigando as forças militares do grupo islamita a uma resposta "aos massacres contra civis" com disparos de "salvos de foguetes contra as terras ocupadas".
"Salvos de foguetes em direção às terras ocupadas em resposta aos massacres contra civis" palestinianos, anunciaram as brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço militar do Hamas, na rede social Telegram.
De acordo com os 'media' israelitas, esses foguetes foram enviados contra Telavive, contra localidades no centro de Israel e no norte da Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel.
Um jornalista da agência francesa France Presse relatou explosões na região de Ramallah, na Cisjordânia.
Ao início do dia, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, tinha dito a um grupo restrito de jornalistas estrangeiros que o seu país esperava realizar em breve uma intensa ofensiva terrestre em Gaza.