Parolin em Fátima: “Deus é sempre um futuro de paz” e “Maria não conhece muros”
13-05-2023 - 11:19
 • Aura Miguel

Perante centenas de milhares de fiéis, o cardeal Pietro Parolin lembrou que a maternidade de Maria é universal e que a sua mensagem confiada aos patorinhos em Fátima é atual

O Santuário de Fátima voltou a encher-se de fiéis, como há muito não acontecia, para a celebração da missa que assinala os 106 anos das aparições. O presidente da celebração, cardeal Pietro Parolin valorizou a actualidade da mensagem aqui confiada por Nossa Senhora aos pastorinhos. “A história dos crentes, de que Fátima é simultaneamente sinal e anúncio, sempre nos mostra Maria solícita e presente, por graça de Deus, no dia a dia dos fiéis e no seu tempo para que a luz da Páscoa ilumine as inteligências, os corações, as mãos, as obras e os dias, abrindo-os assim ao futuro de Deus, que é sempre um futuro de paz e esperança”, disse na homilia.

Perante centenas de milhares de peregrinos a perder de vista, muitos deles provenientes de vários continentes, o Secretário de Estado do Vaticano afirmou que a maternidade de Maria é universal, pois “não conhece os muros das diversidades culturais, sociais, políticas; antes, pelo contrário, ensina a dilatar os espaços da Igreja, para que seja a comunidade onde a harmonia das diferenças inutiliza a vontade de domínio e homologação, ao serviço da qual tantas vezes estão injustamente as leis humanas seja por cumplicidade seja por cobardia.”

O cardeal Parolin recordou ainda as duas palavras-chave que irradiam deste lugar santo da Cova da Iria e que “com a sua história e espiritualidade, (Maria) nos propõe para conservar no coração” e manter viva “a consciência da aproximação da humanidade à Jerusalém do céu”. Essas palavras são “penitência e oração”, sublinha o número dois do Vaticano. “A penitência autêntica faz-nos crescer numa justa relação com o próximo; a oração verdadeira educa-nos para o encontro com a Santíssima Trindade. Peçamos ao Senhor Jesus, amparados pela santa Mãe de Deus, que aquelas palavras nunca se afastem do nosso coração”, pediu Parolin no final da homilia.