A ministra belga da Energia juntou-se esta segunda-feira ao crescente coro de vozes que está a pedir que a União Europeia imponha limites máximos ao preço do gás natural.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no final de fevereiro, e face às consequentes sanções aplicadas pela UE a Moscovo, os Estados-membros têm estado a braços com uma crescente crise energética, assistindo a enormes aumentos do preço do gás. A Rússia, que no ano passado foi responsável por fornecer ao bloco 40% do gás consumido na UE, tem estado a restringir esse fornecimento.
No Twitter, a ministra belga Tinne Van der Straeten destacou hoje que os preços do gás na UE têm de ser congelados urgentemente, defendendo ainda que a correlação entre os preços do gás e da eletricidade é artificial e tem de ser reformada.
"Os próximos cinco a dez invernos serão terríveis se não fizermos nada. Temos de atuar na raiz, ao nível europeu, e trabalhar para congelar os preços do gás", defendeu a governante belga.
Os preços da eletricidade também têm estado a subir na Europa, atingindo novos recordes esta semana.
"Temos de travar esta loucura que está a acontecer neste momento nos mercados energéticos", defendeu o chanceler austríaco, Karl Nehammer, pedindo a descida dos preços da energia elétrica e também o fim da correlação entre os preços da eletricidade e do gás.
"Não podemos deixar [o Presidente russo, Vladimir] Putin determinar os preços da eletricidade europeia a cada dia."