A Comissão Nacional de Eleições indicou que o resultado final dos votos da emigração só será conhecido na sexta-feira. A revelação foi feita pelo porta-voz, Fernando Anastácio, em declarações à CNN Portugal, referindo que na quarta-feira à noite poderá haver "uma noção ainda em sede de resultados provisórios".
Esta segunda-feira chegaram mais 11 mil cartas com votos dos círculos da emigração a Portugal, tendo sido recebidas mais 10 mil cartas durante a manhã desta terça-feira e estando previstas novas entregas durante a tarde e mais duas para quarta-feira.
"Na melhor das hipóteses andará por volta dos 350 mil votos e, não havendo recursos, teremos os resultados finais no dia 22, sem prejuízo de que no dia 20 à noite já se terá uma noção ainda em sede de resultados provisórios", afirmou Fernando Anastácio à CNN Portugal.
À Agência Lusa, o responsável da CNE adianta que cerca de 260 mil votos dos portugueses residentes no estrangeiro nas eleições legislativas já foram escrutinados e registados, ficando por apurar na quarta-feira entre 40 a 50 mil.
Segundo Fernando Anastácio, no segundo dia do escrutínio foram registados 117 mil votos, a que se somam mais de 140 mil votos tratados na segunda-feira.
A contagem dos votos começou na segunda-feira, com os primeiros resultados parciais a mostrarem o Chega como o partido mais votado no círculo da Europa e a Aliança Democrática no círculo de Fora da Europa.
Quando estavam contados quase metade dos 300 mil votos, o Chega estava em posição de eleger dois deputados - um por cada círculo de emigração -, com os restantes mandatos a serem atribuídos na Europa ao PS e em Fora da Europa à AD.
Nos resultados parciais do Círculo da Europa, divulgados esta segunda-feira, o Chega tinha 31,6% dos votos, com o PS a ter 26,7% e a AD 23,3%.
No círculo de Fora da Europa, a AD tem 36% dos votos, com o Chega a ter 25,5% e o PS 22,5%.
Os resultados parciais e provisórios colocariam, assim, no Parlamento, Paulo Pisco, do PS, José Cesário da AD, e José Dias Fernandes e Manuel Magno Alves do Chega. Nomes como Augusto Santos Silva, do PS, e Carlos Gonçalves, da AD, ficariam de fora.