A inflação está a causar maiores dificuldades às instituições que prestam apoio alimentar aos mais necessitados. No Porto, o responsável pela "Porta Solidária" relata uma redução substancial das ofertas.
Em declarações à Renascença, o padre Rubens Marques, da paróquia da Senhora da Conceição, diz que diminuíram muito as ofertas.
O responsável relaciona essa menor disponibilidade "com o facto de tudo estar muito mais caro". E esta diminuição nas ofertas está já a ter reflexos no apoio que a paróquia continua a prestar.
O responsável revela que foi necessário “reduzir no kit oferecido para o dia seguinte”.
“Tivemos que reduzir duas sandes, tivemos que reduzir iogurtes, tivemos que reduzir na fruta e também diminuiu muito a oferta de carnes o que obriga a que tenhamos de recorrer muito a enlatados, o que não é saudável todos os dias”, regista.
De acordo com o sacerdote a "Porta Solidária", continua a distribuir cerca de 490 refeições por dia.
“A média de amigos que vêm cá jantar continua nos 490 por dia, e começamos cada vez a ter mais famílias porque os ordenados não subiram e a subida de preço dos alimentos influencia muito os orçamentos familiares e as famílias não conseguem acudir a todas as necessidades alimentares”, reforça.