Guardas-florestais em greve
15-07-2022 - 04:28
 • Renascença com Lusa

Prometem uma concentração frente ao Ministério da Administração Interna. Ministro diz este protesto surge na pior altura, pois o país está em situação de contingência.

Os guardas-florestais da Guarda Nacional Republicana realizam uma greve e uma concentração junto ao Ministério da Administração Interna, numa altura em que o país está em situação de contingência devido ao risco elevado de incêndio.

A greve e a concentração, que está marcada para as 12h00, é convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) e tem como objetivo exigir do Governo a abertura de um processo negocial sobre as principais reivindicações da classe.

Em causa está, segundo a FNSTFPS, a aprovação da tabela remuneratória específica para a carreira, atribuição de suplementos remuneratórios, definição de autonomia funcional do corpo de guarda-florestal do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA/GNR) e melhores condições de trabalho.

A FNSTFPS refere ainda que se reuniu com o ministro da Administração Interna a 20 de maio, que ouviu as reivindicações dos guardas-florestais e deu indicação que voltaria a reunir-se com esta estrutura sindical em três semanas, o que até agora não aconteceu.

Atualmente, a GNR conta com cerca de 500 guardas-florestais ao serviço, que têm como missão fiscalizar e investigar os ilícitos nos domínios florestal, caça e pesca. Estes elementos estão integrados no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais.

Para o ministro da Administração Interna, este protesto surge na pior altura, pois o país está em situação de contingência devido ao risco elevado de incêndio.

José Luís Carneiro defende que prioridade dos guardas-florestais deveria ser outra. “É evidente que há momentos em que a nossa concentração e a nossa prioridade está mesmo em conseguirmos enfrentar a complexidade dos desafios com que o país está confrontado, mas tratando-se de um direito que é o direito à manifestação julgo que todos compreendemos. Há momentos e momentos para o exercício desse direito constitucionalmente consagrado e que nós respeitamos imenso. Mas, como é evidente, terei sempre todo o tempo para receber representantes dos guardas-florestais.”


[notícia atualizada às 8h00]