A unidade de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, está fechada até às nove da manhã de quarta-feira por falta de capacidade de resposta.
O hospital confirma à Renascença que a decisão de desviar os doentes críticos se deve ao excesso de procura. O bloco de partos também está fechado nesta altura.
O hospital de Santa Maria, em Lisboa, está a receber os doentes de várias unidades que estão a funcionar a meio gás na região. Ana Isabel Lopes, diretora da urgência, alerta que é necessária uma boa organização entre hospitais para evitar situações limite.
"Desde esta última semana tivemos um aumento da afluência global de cerca de 50% relativamente ao mesmo período do ano passado e cerca de 50% de aumento em relação à semana passada, na sequência dos encerramentos e do pico da sazionalidade. É fundamental uma boa articulação a nível da rede inter-hospitalar na área metropolitana com estes hospitais que nos drenam doentes e a quem também nós drenamos para não chegarmos a situações limite", afirma.
Ainda assim, o hospital de Santa Maria já se debate com a falta de camas.
Já o Centro Hospitalar Lisboa Central confirma que uma grávida - com um bebé com cardiopatia congénita grave - foi encaminhada para Coimbra e estava a ser seguida na Maternidade Alfredo da Costa. Tinha indicação para ter ali o parto.
O recém-nascido deveria ser avaliado pela Cardiologia Pediátrica para eventual cirurgia no Hospital de Santa Marta.
No fim de semana, a grávida - de 33 semanas de gestação - recorreu à urgência do Hospital de Santarém de onde veria ser transferida para a Maternidade Alfredo da Costa, mas como não havia incubadoras, acabou por ser transferida para Coimbra, onde o bebé nasceu.
Em resposta enviada à Renascença, o responsável pela neonatalogia do Centro Hospitalar Lisboa Central indica que o bebé se encontra estável à espera de reavaliação pela Cardiologia Pediátrica.