​Melhor escola pública coloca 28 alunos por ano no curso de Medicina
08-07-2022 - 21:05
 • Cristina Nascimento

Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, subiu 20 lugares no ranking. Diretor diz que um dos segredos é a grande proximidade com os alunos.

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No Ranking anual que a Renascença está a divulgar esta sexta-feira, a escola pública que aparece em melhor posição é a Secundária Alves Martins, em Viseu. No espaço de um ano, subiu quase 20 lugares na tabela e está agora na 35.ª posição, com uma média de 13,10 valores nos exames.

No entanto, os bons resultados da escola não são do último ano. À Renascença, o diretor Adelino Pinto recorda alguns dos feitos dos alunos.

“Nos últimos dois alunos entraram 12/14 alunos no curso de Engenharia Aeroespacial. No curso de Medicina, no ano passado entraram 36 alunos e, nos últimos 10 anos, têm entrado, em média, 28 alunos”, descreve o diretor.

Não se fica por aqui no desfiar dos bons resultados: “o ano passado tivemos 101 alunos com 18, 19 ou 20 no exame de Matemática e a Físico-Química foram 36”.

Perguntamos qual é o segredo do sucesso desta escola que tem mais 1.700 alunos no secundário, 12% oriundos de famílias carenciadas.

“Há aqui uma preocupação muito grande com os alunos, ir ao encontro das dificuldades de todos os alunos, não só os alunos de excelência, mas aquele aluno que tem ali alguma dificuldade, que está entre ser aprovado ou não ser aprovado, ir sempre ao encontro das necessidades dos alunos”, descreve o diretor.

E acrescenta que “todos os dias quando vimos trabalhar para a Escola Alves Martins é sempre a pensar nos nossos alunos”.

O diretor reconhece ainda que faz diferença o facto de a escola ter melhores condições do que outras.

“Infelizmente nem todas as escolas têm as condições da Alves Martins e cria-se aqui uma diferença. É uma escola central da cidade de Viseu que foi remodelada pela Parque Escolar há cerca de 12 anos. Há muitas escolas que a nível de laboratórios, material de laboratórios, condições de sala de aulas não têm as mesmas condições”, diz.

Adelino Pinto destaca também o trabalho dos docentes que, naquela escola, consegue manter um grupo de professores estável.