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O primeiro-ministro, António Costa, acredita que 70% da população portuguesa vai ser vacinada contra a Covid-19 até ao final do verão, desde que as farmacêuticas cumpram as encomendas e não aconteçam incidentes de percurso.
O chefe do Governo falava à margem de uma visita ao Hospital Prisional São João de Deus, onde acompanhou o processo de vacinação de funcionários.
“O plano de vacinação é conhecido. E se as quantidades de vacinas que estão contratadas forem entregues a tempo e horas, não há nenhuma razão para não acreditar que vamos cumprir o plano de vacinação”, declarou.
O primeiro-ministro sublinha que o plano “é bastante longo”, mas, “se tudo correr bem e com normalidade, nós atingiremos 70% de imunização comunitária no final do verão”.
Questionado sobre a eventualidade de negociar acordos a margem da União Europeia para a compra de vacinas, António Costa disse que "é preciso muita ingenuidade alguém pensar que qualquer país isolado, mesmo um grande país, estaria em melhores condições de negociar do que a Comissão Europeia em nome dos 27".
Para o chefe do Governo, aquilo que é preciso fazer é "apoiar a Comissão Europeia para garantir que os contratos com a indústria sejam cumpridos".
Noutro plano, António Costa disse que a demissão de Francisco Ramos de coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 nada teve a ver com o trabalho no âmbito deste programa, cuja operação está a decorrer "com sucesso".
Essa demissão resultou de "uma ocorrência numa instituição, o Hospital da Cruz Vermelha" em que Francisco Ramos também é presidente do conselho executivo, frisou.
Interrogado se a nomeação do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo é um sinal de que o Governo deveria ter dado mais cedo uma posição de destaque aos militares no processo de vacinação contra a convid-19, o primeiro-ministro contrapôs que as Forças Armadas, "desde início", têm assumido um papel central.
"O vice-almirante Gouveia e Melo era já membro da `task force´ e responsável por toda a organização logística desta operação", observou.
Sobre as várias irregularidades em investigação no processo de vacinação contra a Covid-19, António Costa defende que "um fruto podre" não pode diminuir o “grande sucesso” do plano.
Portugal regista esta quinta-feira mais 225 mortes por Covid-19 e 7.914 novos casos, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). As novas infeções caem para metade no espaço de uma semana.