Certificados de Aforro. Governo diz que houve "zero cedência" à vontade da banca
03-06-2023 - 17:55
 • João Malheiro

João Nuno Mendes reitera que "não há nenhuma proteção nesse sentido. Não houve nenhuma pressão".

O secretário de Estado das Finanças diz que houve "zero cedência" à banca e que o fim da série E dos Certificados de Aforro fez parte de "uma correta gestão da dívida pública".

"É um quadro de gestão planeada da dívida pública. É uma adaptação da remuneração", defende o responsável.

Já sobre a banca, João Nuno Mendes reitera que "não há nenhuma proteção nesse sentido. Não houve nenhuma pressão".

O governante realça ainda que a série F, que arranca já esta segunda-feira é um produto tecnicamente competente.

"Se compararmos a outras ofertas do mercado, será unânime é um produto bom, atrativo e competitivo", defende.

Apelo de Marcelo é "relevante"

O secretário de Estado das Finanças considerou importante haver um incentivo à subida das taxas de juro dos depósitos e, nesse contexto, "relevante" o apelo do Presidente da República nesse sentido.

"É importante haver um incentivo a que, de facto, exista uma subida das taxas de juro dos depósitos dos bancos portugueses", afirmou o governante em declarações no Ministério das Finanças.

A referência é a taxa de juro dos depósitos dos bancos na zona euro, que anda "na casa dos 2,11%" e este "deveria ser um referencial a incentivar, de facto, a banca portuguesa a convergir para esses valores, isso seria natural", defendeu.

O apelo do Presidente da República é, por isso, "um apelo relevante, dada a influência" que "tem na sociedade portuguesa", considerou João Nuno Mendes, recordando que o Governo e o ministro das Finanças também já se pronunciaram nesse sentido.