O Governo minimiza o impacto da crise dos combustíveis, na sequência da greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas. Em declarações à RTP, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, considera que não houve "perturbações significativas da atividade económica, das infraestruturas ou da ordem pública, não tivemos interrupção do funcionamneto das nossas grandes infraestruturas ".
Questionado sobre se o Governo vai manter os mesmos procedimentos caso se verifique nova greve, o governante preferiu responder que espera não ver nova greve.
“De alguma maneira, apesar de alguma situação de afluxo mais intenso aos postos de abastecimento de combustíveis, não tivemos situações generalizadas de falta de combustível”, disse.
O ministro recusou ainda a ideia que, na gestão desta crise, o interior tivesse sido deixado ao abandono. Pedro Vieira da Silva explicou que o Governo procurou o alargamento dos serviços mínimos ao resto do território e, ainda antes disso, procurou estabelecer pontos estratégicos de abastecimento nos restantes concelhos.
“No próprio dia de quarta-feira, ainda antes de haver alargamento dos serviços mínimos, o Governo definiu uma rede de postos de abastecimento estratégicos que teriam prioridade de abastecimento, espalhados por todo o país. Era necessário assegurar que chegasse combustível a esses postos de abastecimento e que se salvaguardassem as reservas necessárias para abastecer serviços essenciais”, sublinhou.
O ministro destacou ainda a importância das autoridades e forças de segurança para assegurar o cumprimento dos serviços mínimos. Estavam, inclusive, mobilizados “280 motoristas de pesados para assegurar operações de abastecimento às infraestruturas críticas”.
“As forças de segurança foram indispensáveis na salvaguarda da ordem pública e na salvaguarda da regularidade das operações. Foi graças à sua intervenção, serenidade, e capacidade de operação que foi possível garantir o abastecimento às nossas infraestruturas essenciais”, isto sem a perturbação da ordem pública, referiu.