Donald Trump regressou este sábado à corrida presidencial norte-americana - ainda ou já não infetado pelo novo coronavírus, não se sabe – numa tentativa de minimizar estragos, mas deu sinais de ainda não estar a 100%.
O presidente norte-americano organizou um evento na Casa Branca para os seus apoiantes, o primeiro desde que foi diagnosticado com Covid-19 e o internamento no hospital militar de Walter Reed, que apelidou como um “protesto pacífico” em honra do princípio de “lei e ordem”.
Trump discursou, mas falou menos tempo do que era esperado; aproveitou apenas quinze dos trinta minutos agendados, algo raro para um político apaixonado pelo palco. “Sinto-me ótimo”, asseverou aos presentes. E garantiu, mais uma vez, que a pandemia “vai desaparecer. Está a desaparecer.”
Segundo o “The New York Times”, a voz de Trump soou “melhor do que no início da semana, e a sua aparência estava melhor do que no vídeo que tweetou na quarta-feira.”
“Quero que saibam que a nossa nação vai vencer este terrível vírus chinês”, insistiu o Presidente norte-americano, perante os apoiantes, muitos com máscara, mas sem considerarem o distanciamento social.
“Produzimos terapias e medicamentos poderosos, curamos os doentes, vamos recuperar e a vacina vai chegar muito, muito depressa, num tempo recorde”, assegurou.
“A ciência e a medicina vão erradicar o vírus chinês uma vez por todas, vamos livrar-nos do vírus em todo o mundo. Estão a ocorrer fortes fluxos na Europa, no Canadá (…) mas isso vai desaparecer, está em vias de desaparecer e as vacinas vão ajudar”, considerou.
No seu breve discurso, o chefe da Casa Branca foi de novo particularmente crítico face às correntes da “esquerda” e do “socialismo”, numa abordagem em termos gerais, e assegurou que “nunca permitiremos” que assumam o poder.
Os apoiantes de Trump que participaram do evento foram obrigados a responder a um questionário de controlo epidemiológico e a temperatura de cada um foi monitorizada, antes que pudessem entrar no relvado da Casa Branca. O uso de máscara era obrigatório, apesar de não ser “evidente” que todas as pessoas na assistência estivessem a usar uma, sublinha o jornal norte-americano.
Nas várias fotos do evento já divulgadas, é visível que vários apoiantes não tomaram as medidas de segurança necessárias. Estes aparecem todos juntos e muitos sem máscaras.