O candidato presidencial do Chega foi este sábado alvo de mais um pequeno protesto de ativistas antifascistas (“antifas”), desta feita na chegada a Vila Real, sendo rotulado de “fascista” e “racista” por cerca de 50 pessoas.
À passagem da caravana do partido da extrema-direita parlamentar, as palavras de ordem subiram de tom, a bandeira arco-íris pelos direitos das comunidades lésbica, gay e transexual foi brandida e os cartazes empunhados: “Pra cá do Marão, fachos não entrarão”, “democracia sempre, fascismo nunca” e “somos todas pindéricas!”.
As viaturas que transportam a comitiva de André Ventura dirigiram-se para a porta traseira do Teatro Municipal da capital transmontana, onde estava marcada uma entrevista à rádio da associação juvenil “Youth Academy” (Academia de Jovens).
Cá fora foram ainda dados “vivas” à Constituição” da República Portuguesa, mas rapidamente os 7 ºC de temperatura perto das 17:00 e o dever geral de recolhimento domiciliário se impuseram, numa tarde tranquila para o contingente destacado para o local pela PSP.
O líder nacional-populista já foi alvo de protestos semelhantes em Serpa, Portimão, Portalegre e Castelo Branco, desde o início da campanha, no domingo, em virtude do seu discurso radicalizado contra as minorias “subsidiodependentes”.
As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de Covid-19 em Portugal em 24 de janeiro, a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro.
Há sete candidatos: o incumbente Marcelo Rebelo de Sousa (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), Ventura, o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e “Os Verdes”), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva (“Tino de Rans”, presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar).