O primeiro-ministro paralelo da Líbia, Fathi Bashaga, e o general Osama al Juwaili estão impedidos de sair do país e foi-lhes decretada uma ordem de detenção, decidida hoje pela Procuradoria Militar do país
A decisão é anunciada no decurso das investigações sobre os combates de sábado em Trípoli, entre milícias líbias rivais e que provocaram, pelo menos, 32 mortos e mais de 100 feridos.
De acordo com a agência Efe, a Procuradoria Militar da Líbia instou os serviços de segurança a investigarem e a deterem Fathi Bashaga, o seu porta-voz, Othman Abdulyalil, o general Osama al Juwaili e o ex-líder do Partido Justiça e Construção, Mohamed Hasan Sawan.
Os confrontos eclodiram na noite de sexta-feira entre as forças que apoiam o Governo de Unidade Nacional (GUN), com sede em Trípoli, e combatentes leais ao primeiro-ministro paralelo, Fathi Bashaga, tendo acalmado hoje.
No sábado, o centro de Trípoli transformou-se num autêntico campo de batalha, tendo forçado à retirada de dezenas de famílias de áreas residenciais e de hospitais e edifícios civis, que ficaram danificados pelos intensos combates com armas pesadas.
A existência de dois governos paralelos tem aumentado a instabilidade na Líbia, que já viveu duas guerras civis desde a derrocada do ditador Muammar Kadhafi, em 2011, após sucessivas lutas pelo poder.