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O líder do PSD, Rui Rio, assume que não atingiu os objetivos nas eleições europeias, mas garante que não abandona o partido e aponta baterias às legislativas de outubro.
“Não atingimos os objetivos pretendidos nesta eleição. Enquanto outros partidos atingiram. Não vale a pena estar com floreados. O primeiro passa para amanhã as coisas correrem melhor é reconhecer o que correu mal hoje, não vale a pena tapar o sol com peneira”, declarou Rui Rio.
O líder social-democrata admite que a mensagem do PSD não passou para os eleitores e lamenta a elevada taxa de abstenção, que apelidou de “derrota para todos os partidos grandes e pequenos, é uma derrota para a democracia, para Portugal”.
O PSD ficou no segundo lugar, com 22,3%, de acordo com os resultados numa altura em que estão contados os votos de 3068 das 3092 freguesias. A confirmar-se, é o pior resultado da história do partido.
Questionado pelos jornalistas se tem condições para levar o PSD a um bom resultado nas eleições legislativas de outubro deste ano, Rui Rio garantiu que é o homem certo.
"Claro que tenho condições para levar o PSD a um bom resultado. Ando há 61 anos nesta vida e há muitos na vida pública. Eu não abandono. Só se estivesse completamente farto aproveitava esta desculpa para fugir às minhas responsabilidades", disse o líder do PSD no rescaldo da derrota nas eleições europeias.
Rui Rio defende que é preciso mudar a forma de fazer campanhas eleitorais, “com criatividade” e fora dos moldes tradicionais como aconteceu nas europeias, frisou.
Para as legislativas, o líder do PSD quer apresentar aos portugueses a “alternativa de que Portugal precisa”.
“Ou chegamos a outubro como alternativa ao PS ou não há alternativa ao PS. Só o PSD pode ser alternativa ao PS”, alertou.
“Essa alternativa é evidente que Portugal precisa dela para poder escolher entre dois projetos distintos, um claramente a esquerda e outro ao centro com ligação à direita. É isso que o PSD está a construir e tem de construir para outubro. E é a partir deste ato eleitoral que temos de aprender a fazer melhor para as próximas eleições”, sublinhou Rui Rio, que denunciou a degradação da prestação de cuidados de saúde aos portugueses, da Segurança Social e um modelo económico que “tapa o buraco no presente”, mas não olha para o futuro.
Questionado se acredita que o PSD estará com ele no percurso até às legislativas, Rui Rio disse acreditar que sim, mas não esqueceu o “ano de turbulência” interna em que a sua liderança foi desafiada por Luís Montenegro.