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O Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal escreveu uma carta à Diretora-geral da Saúde, em que reclama medidas urgentes de proteção dos trabalhadores dos super e hipermercados.
Uma cópia da carta seguiu também para as ministras do Trabalho e da Saúde.
A coordenadora do sindicato, Filipa Costa, diz à Renascença que as medidas adotadas pelas empresas do setor são variadas e quase sempre insuficientes, e por isso pede-se a intervenção da DGS.
“Temos situações em que vamos a um supermercado ou hipermercado e vemos uns trabalhadores com máscaras, outros sem máscaras, uns com luvas e outros sem luvas. Tem a ver com a situação de não haver qualquer tipo de controlo nos corredores e nas áreas da fruta, por exemplo, em que vemos clientes uns em cima dos outros e em cima dos próprios trabalhadores.”
Filipa Costa frisa que estes trabalhadores, considerados essenciais e que também estão na linha da frente, têm o direito de se sentir seguros.
Mas isso não acontece, muitas vezes, já que os procedimentos são diferentes, mesmo em lojas do mesmo grupo.
A sindicalista dá como exemplo uma loja em que foi detetado um caso positivo de COVID-19 e os trabalhadores da equipa foram todos enviados para casa, sendo o estabelecimento devidamente desinfetado, comparando-a com outra loja em que apenas a pessoa que acusou positivo se foi embora, procedendo-se apenas a uma limpeza mais profunda do espaço.
A coordenadora do CESP diz que não é caso único e defende a existência de um protocolo imanado de uma entidade superior, como a DGS, que defina regras que todo têm de cumprir de igual forma.
“Estas medidas devem ser pronunciadas pela própria DGS, devem valer para todas as empresas do setor e as empresas têm de corresponder”, conclui.