O arcebispo de Évora anunciou oficialmente, esta quarta-feira, na sua mensagem para a Quaresma, que o produto da renúncia quaresmal de 2022, destina-se “às Caritas das Igrejas Latina e Grega Católicas da Ucrânia”.
Apesar de reconhecer as dificuldades em que vivem, “nesta conjuntura”, as populações da arquidiocese, D. Francisco Senra Coelho lembra que “o sofrimento que o povo ucraniano experimenta nesta hora da sua história, golpeia os nossos corações e faz-nos olhar mais para eles do que para nós”.
Por isso mesmo, anuncia que o destino “da nossa Renúncia Quaresmal deste ano” destina-se “às Caritas das Igrejas Latina e Grega Católicas da Ucrânia”, lê-se na mensagem enviada à Renascença.
“Repartiremos com eles aquilo que o Senhor na Sua infinita bondade nos oferece e pela nossa partilha com o povo ucraniano, ainda que pequena como um grão de mostarda, multiplicar-se-á para eles cem por um em utilidade, e para nós em Luz e Alegria”, escreve, o prelado.
Como já é hábito, esta missão é entregue “com gratidão pelos anos já executados”, à Caritas diocesana, devendo os párocos endereçar as ofertas das suas paróquias ao Instituto Diocesano Eborense (IDE), serviço central da arquidiocese, “com a brevidade possível, pois as necessidades revestem-se de grande urgência”.
Como já é hábito, esta missão é entregue “com gratidão pelos anos já executados”, à Caritas diocesana, devendo os párocos endereçar as ofertas das suas paróquias ao Instituto Diocesano Eborense (IDE), serviço central da arquidiocese, “com a brevidade possível, pois as necessidades revestem-se de grande urgência”.
Na reflexão que faz “A caminho da Páscoa 2022”, D. Francisco recorda aos cristãos que “a Quaresma não é uma proposta obsoleta, caduca, e arqueológica de práticas espirituais e ascéticas de outras e para outras épocas”, mas sim, um “tempo favorável” que Deus oferece para que “experimentemos de modo mais vivo e comprometido o mistério pascal de Cristo”.
Segundo o prelado, este “tempo santo” assenta, sobretudo, na ação purificadora e santificadora do Senhor” através de “obras penitenciais” que fazem da Igreja uma comunidade pascal, porque se entra pelo sacramento do batismo.
“Ela é chamada a exprimir com uma vida de contínua conversão o sacramento que a gera. Por isso, a Quaresma é o tempo da grande convocatória de todo o Povo de Deus, para que se deixe purificar e santificar pelo seu Senhor e Salvador”, escreve, D. Francisco Senra Coelho.
Para se poder viver de forma consciente o período quaresmal, o arcebispo de Évora refere que a penitência quaresmal “não pode ser só interior e individual, mas tem que se assumir também externa, comunitária e social”, onde a partilha solidária com os mais necessitados assume grande relevância.