O Bispo de Angra pede que, numa altura que o Natal é celebrado é celebrado "num tempo difícil", se redescubra a "esperança cristã" e que esta seja plantada "no coração de quem vive estes problemas mais de perto".
Na sua mensagem de Natal, enviada à Renascença, D. Armando Esteves Domingues realça que há, atualmente, vários "gritos da humanidade: a guerra, a fome, a falta de habitação, as dificuldades financeiras de tantas famílias, a doença, a exclusão, a privação da liberdade".
"O Natal cristão não pode ser apenas feito de bonecos de barro no presépio ou ser reduzido a uma festa social. Tem que ser festa marcada pela Esperança", apela no texto.
O Bispo de Angra recorda que "não haverá crise política que sempre dure, pobreza que sempre exclua, dignidade humana que seja sempre roubada, abuso que seja sempre tolerado" e que a esperança cristã " abre sempre caminho a outra vida: a gestos gratuitos de amor, de ternura e de compaixão, que alimentam uma cultura do cuidado".
"Neste Natal, peço-vos que nos disponibilizemos todos, todos, todos para darmos continuidade ao caminho que já iniciamos e que iremos trilhar até 2025, participando e refletindo, a partir da Igreja que somos. Podemos ser sementes de uma esperança renovada para o mundo", exorta, também.
D. Armando Esteves Domingues celebra, ainda, a família cristã, dizendo que cada uma "pode ser tão divina quanto humana" e também lembrou "quem não tem família e os que a perderam".
"Desejo que cada família, cada comunidade eclesial, cada hospital, Estabelecimento Prisional, Instituição pública ou privada onde as pessoas estão no centro , sejam, neste Natal, uma gruta acolhedora para todos os irmãos, a começar pelos mais frágeis e necessitados.", refere.