O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) acusou esta terça-feira a gestão da TAP e o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, de "má gestão" numa manifestação contra os “atropelos e injustiças” da administração da companhia aérea e da tutela.
No Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, estiveram em “modo de luto” cerca de 500 pilotos no ativo ou reformados, depois de várias recusas do conselho de administração para reuniões de trabalhadores.
Em comunicado, a companhia aérea lamenta a falta de um acordo e garante estar empenhada em encontrar soluções para garantir a sustentabilidade da empresa e de todos os seus trabalhadores mas, em declarações à Renascença, o presidente do SPAC, Tiago Faria Lopes, pede a reposição de salários e atira que a gestão da TAP esteja a ser feita para levar a empresa à falência.
“Estamos aqui para mostrar a indignação com que esta gestão está a levar a empresa para o mesmo destino que a Flybe, que entrou em falência e da qual a engenheira Christine foi CEO”, afirmou, acrescentando que Pedro Nuno Santos está a “compactuar com esta gestão”.
“Nós também somos contribuintes. Se os pilotos tivessem esta inconsciência de gestão, já não teríamos TAP”, afirmou o piloto, pedindo ao ministro que “assuma o erro” e que divulgue os contornos do plano de reestruturação da companhia aérea.
Tiago Faria Lopes deixou ainda duras críticas a Pedro Nuno Santos: “O senhor ministro fala muito, diz que é preocupado com os direitos dos trabalhadores, preocupado com a TAP e o futuro da TAP mas os seus atos não andam de mão dada com as suas palavras”, referindo que é necessária uma “mudança na maneira de gerir” a companhia aérea.