​Brexit. Boris Johnson propõe alternativa (vaga) à cláusula de salvaguarda
19-08-2019 - 21:42

Primeiro-ministro britânico escreveu uma carta ao presidente do Conselho Europeu, antes de visitar Alemanha e França.

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, escreveu uma carta ao presidente do Conselho Europeu em que propõe uma alternativa à polémica cláusula de salvaguarda do acordo de Brexit.

Boris Johnson defende a substituição do chamado “backstop” por um compromisso vago, de implementar medidas alternativas até ao final do período de transição após o divórcio entre Reino Unido e a União Europeia.

Na carta divulgada esta segunda-feira pelo seu gabinete, Boris Johnson repetiu o apelo ao fim do “backstop”, ou seja, da criação de uma barreira física entre as Irlandas no pior cenário de os dois blocos não se conseguirem entender.

“O Reino Unido e a UE já concordaram que medidas alternativas podem fazer parte da solução. Então, eu proponho que a cláusula de salvaguarda deve ser substituída com um compromisso de pôr em prática tais acordos até ao final do período de transição, como parte do futuro relacionamento”, apela Boris Johnson.

O primeiro-ministro britânico argumenta que o “backstop” é “simplesmente inviável”, porque se trata de uma medida “antidemocrática e inconsistente com a soberania do Reino Unido”.

A União Europeia tem vindo a referir que o acordo de saída do Reino Unido não vai ser renegociado.

Boris Johnson viaja esta semana para o continente, para se encontrar com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o Presidente francês, Emmanuel Macron.

A saída do Reino Unido da União Europeia está marcada para 31 de outubro deste ano.

Esta segunda-feira, o Governo britânico anunciou que a livre circulação de pessoas termina "imediatamente" em caso de 'Brexit' sem acordo.

"A livre circulação que existe atualmente vai terminar a 31 de outubro, quando o Reino Unido sair da UE. Por exemplo, vamos introduzir imediatamente regras mais rigorosas em matérias criminais para as pessoas que entram no Reino Unido", indicou uma porta-voz do executivo.

A mesma fonte adiantou que o Governo conservador pretende introduzir um sistema de pontos, similar ao implantado pela Austrália para controlar a imigração.