Mais de 100 palestinianos foram mortos e centenas ficaram feridos esta quinta-feira, na Faixa de Gaza, quando soldados israelitas abriram fogo sobre uma multidão que esperava por ajuda humanitária, avançam as autoridades de saúde da região controlada pelo Hamas.
Israel tem uma versão diferente. Contesta o número de mortos e diz que muitas das vítimas foram atropeladas por camiões carregados com mantimentos.
Segundo as autoridades palestinianas, terão morrido pelo menos 107 pessoas. Já as Forças de Defesa de Israel (ISF) alegam que dispararam porque foi ameaçada a segurança de militares israelitas. O número de vítimas mortais, segundo o IDF, será de cerca de uma dezena.
As forças armadas de Israel relatam a ocorrência de dois incidentes distintos durante a passagem de uma coluna de camiões do sul para o norte de Gaza.
No primeiro incidente, os veículos foram rodeados por centenas de pessoas e, na confusão que se gerou, dezenas ficaram esmagadas pela multidão ou foram atropeladas, acabando por morrer ou ficar feridas, alegam as autoridades judaicas.
Quando os camiões arrancaram novamente, aconteceu um novo incidente, quando um grupo de pessoas se dirigiu às forças israelitas, que acabaram por abrir fogo, segundo a mesma fonte.
"Os soldados dispararam tiros de aviso para o ar e depois dispararam contra aqueles que representavam uma ameaça e não recuaram", declarou um porta-voz das IDF. "Do nosso ponto de vista, foi isto que aconteceu, mas vamos continuar a analisar o que aconteceu".
O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que governa na Cisjordânia, fala num "massacre terrível realizado pelo exército de ocupação israelita contra pessoas que aguardavam por camiões com ajuda, em Nabulsi".
O incidente está a gerar indignação entre os líderes da comunidade internacional. A Casa Branca já anunciou que está a investigar o "incidente grave".
Já a Jordânia fala em ataque brutal das foças de ocupação israelitas, enquanto o Hamas afirma que este caso pode inviabilizar as negociações de um novo cessar-fogo com vista à libertação de reféns.
Segundo as autoridades palestinianas, terão morrido pelo menos 112 pessoas e 760 ficaram feridas. Já as Forças de Defesa de Israel (ISF) alegam que dispararam porque foi ameaçada a segurança de militares israelitas. O número de vítimas mortais, segundo o IDF, será de cerca de uma dezena.
[notícia atualizada]