As autoridades locais esperam contabilizar entre 10 e 20 vítimas mortais por dia, entre as casas e veículos queimados, durante as ações de resgate que vão decorrer nos próximos dias. O alerta é dado pelo governador do Havai, Josh Green.
O número de mortos aumentou para 96 neste domingo, tornando-se no incêndio florestal mais mortal dos Estados Unidos, em mais de um século.
O governador Josh Green disse à televisão norte-americana CBS News que pode levar 10 dias ate se saber o número total de mortos. Quase toda a cidade de Lahaina, naquele estado norte-americano, foi destruída no incêndio. "Não há nada para ver exceto a devastação total", disse Green à CBS.
Até este sábado, apenas 3% da cidade tinha sido alvo de buscas, disseram as autoridades de Lahaina.
"Temos uma área com pelo menos cinco milhas quadradas em que precisamos de procurar e está cheia de corpos dos nossos entes queridos", disse o chefe da polícia de Maui, Jeff Pelletier.
Um total de 10 cães de busca está a ser usados pelas equipas de resgate da Agência de Gerenciamento de Emergências, disse a agência à CNN.
Os cães são muito eficazes em encontrar restos humanos, dizem os especialistas, mas precisam descansar e de se hidratar frequentemente entre as buscas.
Até agora, apenas duas vítimas das 96 foram oficialmente identificadas, graças à tecnologia de DNA, disse o chefe Pelletier.
Mais de 2.000 pessoas foram dadas como desaparecidas desde o início do incêndio na ilha de Maui. O governador, Josh Green diz que o número de desaparecidos, agora, é de cerca de 1.300.
O chefe da polícia, Pelletier, incentivou as pessoas com familiares desaparecidos a enviar amostras de DNA para ajudar nas buscas.
Ainda não se conhecem as causas do incêndio, embora tenha sido alimentado pelos ventos do furacão Dora e pelas condições de seca que se fazem sentir no estado norte-americano.
Este sábado, foi instaurado uma ação judicial contra o maior fornecedor de eletricidade do Havaí, a Hawaii Electric. O processo acusa a empresa de não desligar as linhas elétricas, apesar do alerta máximo para incêndios florestais, emitido pelo Serviço Nacional de Meteorologia
Desligar temporariamente a energia para reduzir o risco de incêndio é uma tática usada nos estados do oeste dos EUA, onde os incêndios florestais são comuns. Na Califórnia, as linhas de energia foram responsáveis por mais de metade dos incêndios florestais do estado norte-americano.