Orçamento plurianual da UE. “Julho é o mês para um acordo na Europa”, diz Pedro Sánchez
06-07-2020 - 16:12
 • Lusa

O chefe do Governo de Espanha admitiu que vai ser "uma negociação difícil", mas insistiu que os 27 têm de chegar a um acordo no Conselho Europeu que se realiza a 17 e 18 de julho.

O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, frisou esta segunda-feira que "julho é o mês para um acordo na Europa" sobre o orçamento plurianual da União Europeia (UE) e o fundo de recuperação pós-pandemia.

"O mês de julho é o mês para um acordo na Europa", disse Pedro Sánchez à imprensa, em Lisboa, após um encontro com o primeiro-ministro português, António Costa.

Quanto ao fundo de recuperação, destinado a ajudar os países e setores mais afetados pela pandemia de covid-19, Sánchez salientou três aspetos que considerou "fundamentais": que o montante proposto pela Comissão Europeia (750 mil milhões) não seja reduzido, que a maior parte das verbas sejam canalizadas por transferências e que o tempo para a aplicação desses recursos seja amplo.

"Como dizemos todos a nível nacional, a unidade salva vidas, empresas e empregos (…) e pode também reforçar o projeto europeu. Por isso é fundamental que todos estejamos conscientes de que o mês de julho é o mês para um acordo", disse Pedro Sánchez.

O chefe do Governo de Espanha admitiu que vai ser "uma negociação difícil", mas insistiu que os 27 têm de chegar a um acordo no Conselho Europeu que se realiza a 17 e 18 de julho "no âmbito" do Quadro Financeiro Plurianual, o orçamento da UE para 2021-2027, "e no âmbito" do fundo de recuperação.

Evocando a proposta da Comissão, a proposta franco-alemã e diferentes propostas apresentadas por vários países ao longo da negociação, Sánchez frisou que "a envergadura do fundo de recuperação tem de ser, no mínimo, a que foi proposta", de 750 mil milhões de euros.

A segunda condição de Espanha, prosseguiu, é que "muitos dos fundos têm de estar vinculados a transferências e não a empréstimos".

Finalmente, Pedro Sánchez frisou que é necessário que o período para que os países apliquem as verbas do fundo seja alargado.

"Logicamente temos de dar um horizonte de temporalidade à gestão de todos esses recursos suficientemente ampla para que os fundos sirvam para essa verdadeira transformação [da Europa] através da digitalização e da transição ecológica", afirmou.