O ministro das Finanças demissionário apresentou o Orçamento Suplementar aprovado no Conselho de Ministros. Mário Centeno confirma que vivemos momentos de "incerteza", mas deixa já "notas de otimismo".
O também presidente do Eurogrupo lembra que este é um “momento difícil para a nossa economia, partilhado pela generalidade das economias em todo o mundo”, que se traduz numa “redução da atividade económica sem paralelo na nossa história económica recente”.
“A atividade económica caiu 25% na segunda quinzena de março e primeira de abril”, referiu.
Centeno confirma que “a recuperação é muito assimétrica” e reforça a “forte redução das exportações, que caem mais que a média da zona euro”. “Vai ser um ano difícil para a economia e finanças públicas”, refere.
No entanto, o ministro já vê “sinais positivos do mercado de trabalho”.
“O desemprego em média cresceu com 2.300 novos desempregados em março, 3.031 em abril. A boa notícia é que desde abril tem vindo a reduzir”.
Outro aspeto é que já se nota o aumento de transações económicas. "Temos visto uma recuperação mais ou menos sustentada, mas muito acelerada nas últimas semanas", afirma.
Estes indicadores levam Mário Centeno a reafirmar que "a crise é muito, muito severa, mas temporária”.
O ministro demissionário lembra, no entanto, que, “se por um lado a estabilização da pandemia está a ter sucesso, há incerteza em outras partes do mundo".