O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses dá até 4 de outubro para o Governo apresentar novas propostas sobre a revisão das carreiras e a atribuição do suplemento remuneratório de especialidade.
“Estão reuniões negociais agendadas para o dia 4 de outubro. Se até essa data o Governo não apresentar novas propostas, iremos propor aos enfermeiros a radicalização das formas de luta”, diz à Renascença José Carlos Martins, presidente do sindicato.
Os enfermeiros estão esta quinta e sexta-feira em greve. Os sindicatos estão a prever uma grande adesão e, por isso, é de esperar que sejam canceladas cirurgias programadas, consultas e tratamentos nos hospitais e centros de saúde.
Convocada por todos os sindicatos de enfermeiros (SEP, Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros e o SERAM), a greve, que começou às 8h00 desta quinta-feira e termina às 24 horas de sexta-feira visa ainda exigir a "justa e correta" contagem dos pontos para efeito do descongelamento das progressões na carreira, a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo.
Reivindica também o pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas, a admissão de mais profissionais de saúde, um salário mínimo de 1.600 euros mensais, a possibilidade de chegar ao topo da carreira técnica superior, suplementos para funções de especialista, a criação de categoria na área da gestão e a aposentação antes dos 66 anos.