Regressar ao Benfica é "uma possibilidade forte" para Bernardo Silva em 2026. O internacional português terá 32 anos quando terminar contrato com o Manchester City. O médio firmou novo vínculo com o campeão inglês, mas estendeu a ligação por apenas mais um ano, até 2026.
Em entrevista exclusiva a Bola Branca, Paulo Silva, pai do internacional português, confirma que um regresso às águias é “uma possibilidade forte”, ainda que essa não tenha sido a motivação por detrás da renovação.
“Ano a ano e passo a passo vamos vendo quais são as oportunidades, não podemos tomar uma decisão a três anos com base numa hipótese que pode ou não acontecer. Obviamente que o Bernardo é um benfiquista e quer regressar ao Benfica. Se é daqui a três anos? Não me parece que a decisão de estender com City por mais um ano esteja relacionada com a vinda para o Benfica quando tiver 32 anos. Pode ser uma possibilidade, que é uma possibilidade forte de facto, mas não o colocaria como uma preparação para tal”, revela o pai de Bernardo à Renascença.
Para um regresso ao Benfica, Paulo Silva não esconde que o desejo dos adeptos encarnados terá um peso que pode ser decisivo, tal como aconteceu com a renovação com Manchester City.
“É um peso grande muito positivo que o Bernardo tem em cima dele, que é saber que o clube e os adeptos do Benfica gostam dele. Isso é muito importante. Aliás, uma das questões que o fez ficar no City é perceber que é uma pessoa querida. Obviamente que isso pesa sempre nas decisões”, explica, em exclusivo.
PSG, Barcelona e Arábia Saudita
O futuro de Bernardo Silva levou a especulação por todo o mundo desde antes da abertura do mercado. Agora, o pai esclarece as dúvidas e confirma que, de facto, o número 10 da seleção nacional teve várias propostas em cima da mesa.
“Houve de facto uma proposta e uma intenção de compra da Arábia Saudita que começou em junho. Houve também uma aproximação muito forte, com proposta e vontade por parte do PSG. E houve a continuidade do interesse do Barcelona, que ano após ano vem querendo o Bernardo no plantel. Como é obvio houve também a vontade de manter o Bernardo no City. As coisas estruturadas e a decisão foi tomada com os pés assentes na Terra”, confirma.
A hipótese Arábia Saudita foi real e levou a ponderação, mas Paulo Silva explica que as dúvidas sobre o país e a vontade de se manter ao mais alto nível afastaram Bernardo do campeonato que já seduziu Cristiano Ronaldo, Rúben Neves e Jota.
“Neste momento era um trade-off de aceitar um projeto desportivo com algumas dúvidas grandes, em troca de um salário que era indiscutível. Mas temos de ponderar tudo e perceber que estar na Arábia Saudita não é só um mês, é um ano ou dois e a pergunta é como se vive lá, porque está tudo em mudança. O Bernardo considerou essa hipótese, mas não pareceu a solução mais adequada para aquilo que ele quer na fase da vida em que está”, conclui.
Renovar para continuar a ganhar
Depois de uma época de sonho ao serviço do Manchester City, em que conquistou Liga dos Campeões, Liga inglesa e Taça de Inglaterra, Bernardo Silva estendeu ao clube até 2026. Para Paulo Silva, este é um sinal de reconhecimento do trabalho.
“Um sentimento de felicidade por ele. Está há seis anos numa equipa que tem vindo a ganhar troféus atrás de troféus. Tem uma equipa com jogadores de um nível muito bom, tem um grupo de suporte fantástico e adeptos que o adoram. Isso conta muito e é bom ver os nossos a serem retribuídos com um pedido de extensão de contrato”, diz.
Depois de uma temporada em que ganhou tudo, o pai de Bernardo Silva não esconde a abordagem à nova época traz desafios próprios do sucesso. Ainda assim, a ambição é a mesma.
“É uma posição muito difícil. Fez o treble no ano passado e a ambição é continuar a ganhar, mas se olharmos para a competição que temos à volta, quer em Inglaterra quer na Liga dos Campeões, todas as equipas se reforçam e o futebol é muito imprevisível. Mas claro que a ambição está lá, a todos os níveis”, termina.