​Pensilvânia confirma vitória de Biden e derrota de Trump
24-11-2020 - 17:54
 • Lusa

Pensilvânia tem sido uma das peças centrais das várias tentativas legais, sem sucesso até à data, conduzidas pelo candidato republicano e Presidente em funções, Donald Trump, para tentar invalidar os resultados eleitorais.

As autoridades da Pensilvânia certificaram a vitória do democrata Joe Biden naquele estado nas eleições presidenciais norte-americanas, informou esta segunda-feira o governador local, Tom Wolf.

Na rede social Twitter, o governador Tom Wolf (democrata) escreveu que o Departamento de Estado da Pensilvânia "certificou os resultados da eleição de 3 de novembro para Presidente e vice-Presidente dos Estados Unidos da América".

"Como exigido pela lei federal, assinei o certificado de verificação para a lista de eleitores de Joe Biden e Kamala Harris", acrescentou o governador.

Esta certificação ganha relevância porque a Pensilvânia tem sido uma das peças centrais das várias tentativas legais, sem sucesso até à data, conduzidas pelo candidato republicano e Presidente em funções, Donald Trump, para tentar invalidar os resultados eleitorais.

A Pensilvânia representa 20 "grandes eleitores" no Colégio Eleitoral, o órgão fulcral que determina o vencedor das presidenciais norte-americanas (que é escolhido por voto indireto).

O Colégio Eleitoral é composto por 538 "grandes eleitores" representativos dos 50 estados norte-americanos (e da capital federal Washington que conta com três "grandes eleitores").

O vencedor das presidenciais norte-americanas tem de assegurar, no mínimo, 270 "grandes eleitores", um número que Biden ultrapassou ao contabilizar 306 "grandes eleitores" contra os 232 obtidos por Trump, que ainda não reconheceu publicamente a derrota eleitoral.

O processo ficará concluído no próximo dia 14 de dezembro, quando o Colégio Eleitoral se reúne e oficializa os votos.

Três semanas depois das eleições, Trump "recomendou" na segunda-feira à sua equipa e à Administração dos Serviços Gerais do país que iniciassem os protocolos para a transição da atual administração para a de Joe Biden.

"No melhor interesse do nosso país, recomendei a Emily [Murphy, responsável da Administração dos Serviços Gerais dos EUA] e à sua equipa para fazerem o que tem de ser feito em relação aos protocolos iniciais [de transição de administrações], e disse à minha equipa para fazer o mesmo", escreveu Trump na rede social Twitter, ao final da noite de segunda-feira.

A posse de Biden como 46.º Presidente dos Estados Unidos está marcada para 20 de janeiro de 2021.