Os cristãos celebraram esta terça-feira o Natal no Iraque, sem relato de ataques, um ano depois de o país declarar vitória sobre os jihadistas do Estado Islâmico.
Na cidade de Bagdad, a minoria cristã juntou-se nas igrejas para celebrar missa esta terça-feira de manhã, com esperança em dias melhores e sem perseguição.
“Podemos dizer que a situação de segurança está melhor do que em anos anteriores”, disse à agência Reuters o padre Basilius, da igreja de São Jorge Caldeu, na capital iraquiana.
Mais de uma centena de fiéis participaram na missa de Natal desta terça-feira. “Temos segurança e estabilidade, sobretudo, em Bagdad. Além disso, o Daesh foi derrotado”, sublinha o padre Basilius.
O terror do Estado Islâmico teve consequências devastadoras nas congregações cristãs da planície de Nineveh.
Em Qaraqosh, cidade dos arredores de Mossul, um antigo bastião dos extremistas islâmicos, os efeitos ainda são bem visíveis, mais de um ano depois da derrota dos jihadistas.
Na igreja da Imaculada Conceição, que foi incendiada pelos radicais em 2014 e ainda não foi reconstruída, os cristãos juntaram-se para a missa do Galo, na véspera de Natal.
Rodeados por paredes enegrecidas pelo fogo dos dias de terror, dezenas de fiéis rezaram e comungaram, antes de se juntarem à volta de uma fogueira de Natal no pátio do templo.
Antes da chegada do Estado Islâmico, Qaraqosh era a casa da maior comunidade cristão no Iraque, com uma população de mais de 50 mil pessoas, mas até agora regressaram apenas algumas centenas de famílias.
Num desejo de Natal, o padre Butros manifesta “esperança que todas as famílias deslocadas regressem” à cidade depois do terror.