O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou em perigo máximo de incêndio rural cerca de 80 concelhos dos distritos de Vila Real, Porto, Bragança, Viseu, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro.

Em perigo muito elevado e elevado de incêndio encontram-se vários concelhos de todos os distritos.

Para esta sexta-feira o IPMA prevê céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de mais nebulosidade no litoral Centro até ao início da manhã e aumentando temporariamente de nebulosidade por nuvens altas na região Sul a partir da tarde.

O vento deverá soprar fraco a moderado de leste/nordeste, soprando do quadrante norte na faixa costeira ocidental, onde será por vezes forte, e tornando-se do quadrante sul no Algarve a partir da tarde. Nas terras altas, o vento soprará moderado a forte de leste/nordeste, com rajadas até sessenta quilómetros por hora, enfraquecendo temporariamente durante a tarde.

As previsões da meteorologia apontam também para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral oeste da região Centro e subida da temperatura máxima no litoral oeste e pequena descida no interior Norte e Centro.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 10ºC, em Bragança, e os 21ºC, em Faro, e as máximas entre os 24ºC, em Viana do Castelo, e os 34ºC, em Évora e Setúbal.

Subida gradual da temperatura, humidade baixa e vento forte

Para os próximos dias o IPMA aponta para uma subida gradual da temperatura, humidade baixa na generalidade do território e vento forte nas terras altas (sobretudo durante a noite).

Na sequência da previsão, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) informou na quinta-feira, em comunicado, que as regiões do interior norte e centro, Alto Alentejo e Algarve vão estar sob perigo muito elevado de incêndio rural nos próximos dias.

As condições atmosféricas previstas traduzem-se no “aumento do risco de incêndio, com condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais”, e no aumento da dificuldade no combate às chamas.

Perante o grau de risco, a Proteção Civil salientou que é proibido fazer queimadas extensivas ou queimas de amontoados, usar equipamentos de corte (como motosserras e rebarbadoras), com escape sem dispositivo tapa-chamas ou outros que possam gerar faíscas ou calor e fumigar ou desinfestar apiários.

Destacou ainda a proibição do uso do fogo para cozinhar no espaço rural, exceto se for fora de zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito.

“A ANEPC recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, de acordo com a legislação em vigor, e tendo especial atenção à evolução do perigo de incêndio neste período”, referiu na nota.