Uma doente norte-americana será a terceira pessoa no mundo e a primeira mulher a ser curada do HIV.
A paciente estava em tratamento para uma leucemia quando recebeu um transplante de células estaminais de alguém com resistência natural ao vírus que causa a Sida.
Mas os especialistas dizem que o método de transplante usado, envolvendo sangue do cordão umbilical, é muito arriscado para ser adequado para a maioria das pessoas com HIV.
O caso da paciente foi apresentado numa conferência médica em Denver, nos EUA, na terça-feira e é a primeira vez que se sabe que esse método foi usado como uma cura funcional do HIV.
A paciente recebeu um transplante de sangue do cordão umbilical como parte do tratamento contra o cancro e, desde então, não precisou fazer a terapia antirretroviral necessária para tratar o HIV.
O caso fez parte de um estudo maior nos EUA de pessoas vivendo com HIV que receberam o mesmo tipo de transplante de sangue para tratar câncer e doenças graves.
As células transplantadas que foram selecionadas têm uma mutação genética específica, o que significa que não podem ser infectadas pelo vírus HIV.
Os cientistas acreditam que o sistema imunológico dos recetores pode desenvolver resistência ao HIV como resultado.
Mas essa abordagem não nos aproxima de uma cura para os 37 milhões de pessoas que vivem com HIV, a maioria das quais habita na África Subsaariana.
O potencial dos transplantes de células estaminais foi demonstrado em 2007, quando Timothy Ray Brown foi o primeiro a ser curado do HIV.
Desde então, a proeza foi repetida apenas duas vezes com Adam Castillejo e agora com esta paciente de Nova Iorque.